Pêro Pinheiro

A Freguesia de Pêro Pinheiro enquanto tal tem ainda uma história curta, foi criada em 11.03.1988, por desanexação da “ancestral” Freguesia de Montelavar, pela Lei n.° 57/88, aprovada pela Assembleia da República naquela data, resultado do trabalho desenvolvido por um Movimento Para a Criação da Freguesia de Pero Pinheiro, de base e génese popular, a que pertenceram as seguintes individualidades: Presidente – Joaquim Luís Pereira Veríssimo; Vogais – António Júlio Grilo, Arlindo Salvador Corredoura, Boaventura Duarte Peralta, Carlos Parreiras Fernandes, Carlos Portela, Eduardo Galrão Jorge, Eduardo Garcia Jorge, Humberto Raimundo Simões, Jorge Humberto Simões, Jorge Manuel Galrão, José Manuel Caixeiro, José Raúl Amaro, Luís Manuel Corredoura, Manuel Dias Costa, Maria José Ribeiro, Maria Mercês Parreiras.

Pêro Pinheiro, subiu a Vila em 30.06.89, com base na Lei n.° 60/89.

A importância de Pêro Pinheiro ao nível local e regional surgiu e desenvolveu-se não só por virtude da sua posição central, dum ponto de vista geográfico, mas também pela riqueza calcária (mármore) do seu subsolo, de cuja exploração surgiu uma dinâmica indústria, que gerou o maior centro de transformação de rochas ornamentais neste país e um dos maiores na cena europeia.

O embrião do hodierno industrial desta freguesia surge com importância aquando da construção do maior monumento histórico português edificado – o Convento de Mafra – e desde então Pêro Pinheiro, e as suas gentes marcaram sempre de forma vincada presença em grandes obras e monumentos nacionais, e ao longo dos tempos vêm exportando para as “quatro partidas do mundo”, a alma e o engenho do seu povo através do trabalho e arte incorporados na pedra fria e inerte que é o mármore.

No respeitante ao património histórico construído pode-se referir pela importância e antiguidade que têm a Capela da Nossa Senhora da Luz, em Cortegaça, que remonta ao século XVI, a Capela da Nossa Senhora da Conceição, em Morelena, edificada no século XVII, e o Aqueduto da Granja (Arcos Pombalinos), construído no século XVIII, para abastecer o então Casal da Granja, conhecido como Granja do Marquês.

No plano arqueológico foram descobertas ruínas-vestígios de uma Villa Romana, no lugar Granja dos Serrões, que ali já existia antes da era de Cristo.